O
uso de flores e plantas no tratamento humano é muito antigo. Pesquisas
indicam que as flores já eram utilizadas com este objetivo antes de
Cristo. Os aborígenes australianos comiam a flor inteira para obter os
seus efeitos, tanto os egípcios, como os africanos e os malaios já
faziam uso delas para tratar dos desequilíbrios emocionais.
Há registros
de que no século XVI Paracelsus já utilizava as essências florais para
tratar de desequilíbrios emocionais em seus pacientes. No entanto, a
utilização de essências florais ultra diluídas foi introduzida por Bach.
Nos anos 1930, o Dr. Edward Bach queria as essências florais nas
casas das pessoas, onde a mãe pudesse indicar o melhor floral para o seu
filho.
Hoje, passados 70 anos, a Terapia Floral está se disseminando, a
cada dia, nos consultórios dos terapeutas, psicólogos, médicos, etc do
mundo inteiro.
Em 1996, a The Dr. Edward Bach Foundation, da Inglaterra, promoveu o
Primeiro Curso Internacional de Terapia Floral no Brasil com o objetivo
de divulgar as essências Florais de Bach e de formar Practitioners
(Terapeutas Florais reconhecidos e avalizados pela Fundação Bach).
Ao longo das últimas décadas, dezenas de sistemas florais foram sendo
desenvolvidos em várias partes do mundo, cada um com suas
peculiaridades determinadas pelas flores de cada região. Um dos
primeiros sistemas que surgiram na década de 1980 foram os Florais da
Califórnia, desenvolvido nos Estados Unidos.
As essências florais são consideradas remédios homeopáticos nos
Estados Unidos, onde remédios homeopáticos são considerados complementos
alimentares. Do mesmo modo, no Brasil as essências florais, que
surgiram nos anos 1980 e se intensificaram nos anos 1990, não são
consideradas medicamentos, drogas ou insumos farmacêuticos. Essa
classificação exime esses preparados de apresentarem comprovações de
eficácia em tratamentos ou de submissão ao regime de vigilância
sanitária, mas também não permite que sejam apresentadas indicações
terapêuticas, com finalidades preventivas ou curativas .
Composição e a Preparação
As Essências Florais de Bach Originais são naturais e têm origem do Bach Centre, local onde Dr. Bach viveu seus últimos anos (1934-1936) em Mount Vernon, Sotwell, Wallingford, na Inglaterra. Todos os remédios são preparados a partir de flores, arbustos ou árvores silvestres.
A sua manipulação obedece aos rígidos padrões determinados por este Centro.
O floral é composto de água mineral, brandy de uvas (conhaque) e essências Florais de Bach Originais (de uma a seis essências no mesmo frasco – podendo chegar, raras vezes, a oito essências). O brandy (envasado em tonéis de carvalho) serve de conservante para a solução: isto significa, aproximadamente, menos de meia gota de álcool para cada dose tomada. Outro conservante muito usado (quando a pessoa não pode e/ou não quer tomar essências florais com brandy de uvas) é o vinagre de maçã natural.
Como Atuam Os Florais Da Amazônia
A
terapia floral aconteceu e impactou o mundo de forma sutil como a
natureza das flores, antes que qualquer analista tivesse tempo ou
interesse em perscrutar seus mecanismos de ação.
Quando o Dr. Edward Bach lançou ao mundo sua pesquisa sobre o poder
curativo das essências das flores, certamente não se imaginava que sua
divina inspiração se tornaria a grande referência terapêutica que hoje
representa no seio da humanidade. Entretanto assim aconteceu porque
estava chegada a hora de resgatar este conhecimento, presente em muitas
culturas tradicionais dos tempos antigos e relegado ao esquecimento pela
ação erosiva do tempo.
Cresceu a Ciência Oficial Ocidental trazendo importantes descobertas a
benefício da saúde humana.
O pensamento analítico que a norteou,
entretanto, relegou a um segundo plano certos conhecimentos que se
baseavam em percepções mais sutis e pautadas por uma visão holística da
vida em todas as suas expressões, seu equilíbrio relacionado à
interdependência dos diversos reinos, consolidando um conceito mais
amplo de saúde, doença e cura.
Assim,
quando as essências florais despontaram em pleno século vinte, foram
inicialmente tratadas pela Ciência quase como um placebo ou algo
insignificante, cuja forma de ação não merecia ser objeto de estudos.
Mas, o tempo trouxe a expansão rápida e incontestável da pesquisa da
terapia das flores, em todo o mundo, nos diversos ecossistemas do
planeta, entre todos os povos das mais variadas origens e tradições.
Seus
protagonistas buscaram terminologias e nomenclaturas que se adequassem
às suas percepções do fenômeno.
Fomos proibidos por lei, de falar de
“cura” para nos referirmos ao efeito da terapia floral, pois estava
comprovado que as essências não possuíam ação bioquímica detectável.
Durante algum tempo, utilizamos o termo “vibracional”, mas o tempo
demonstrou que sua sutileza transcendia o nível da vibração, pois seus
efeitos eram constatáveis, porém não mensuráveis. Enfim, estas gotinhas
provocaram uma revolução. Foi quando a Física Quântica – que traz um
novo paradigma dentro do pensamento científico, procurando acatar todos
os fenômenos inexplicáveis como verdadeiros e se abrindo a novos rumos
de pesquisa – veio em nosso socorro e conseguiu explicar com sua
linguagem própria, e reconhecida cientificamente, o misterioso “milagre
das flores”, descrevendo o processo terapêutico como “interação de
campos de consciência”.
Esta nova descrição causou movimento e despertou
bastante estudos no seio dos próprios pesquisadores de florais, pois
nem todos conseguiram assimilar de imediato esta linguagem, ou esta
informação.
A
classificação do nosso sistema apresenta as flores da mata virgem como
resgatadoras de memórias profundas e ancestrais, através da sintonia com
aquelas flores do reino vegetal e fungui, naquela região de espécies
milenares preservadas, portadoras do registro de memórias muito antigas.
Assim sempre entendemos os florais.
O Ser Humano resgata seu estado de
equilíbrio ou seus padrões originais de comportamento saudável, através
da observação ou do espelhamento do comportamento dos seres elementais
dos reinos da Natureza, expressos nas flores.
Dentro desta concepção o
indivíduo vai estudar os seus desequilíbrios à luz da consciência de
suas emoções e sentimentos e vai percorrer o caminho da lembrança de
como alterou seus padrões de saúde e chegou até mesmo a se fragilizar e a
se tornar vulnerável aos agentes patológicos como os vírus, bactérias,
etc.
Portanto, nossa visão, marcada por forte influência das tradições
seculares ou milenares da Floresta Amazônica, encontrou nesta atual
explicação científica da terapia floral um suporte e um parâmetro
universal na proposta de alinhamento entre todos os que pesquisam a
benefício da saúde da humanidade, com pureza de intenções.
O Processo de criação dos Florais
Os
terapeutas florais costumam dizer que o uso terapêutico dos Florais da
Amazônia não é religião, mas ciência e que é um recurso à disposição da
medicina alternativa, sem ritos nem símbolos.
A primeira essência foi feita em 1994, levando em conta o campo sutil
em relação ao contato com as plantas, segundo relata a terapeuta Isabel
Barsé.
“Isso é uma coisa muito sutil, para muitas pessoas pode soar como uma
coisa estranha e ridícula, ao falarmos que entramos em comunicação com
as plantas, mas é isso. Uma coisa muito intima e profunda”, conta a
terapeuta floral.
O processo do floral, como relata a terapeuta, é muito simples, pois o
método utilizado é o tradicional criado pelo medico inglês Bach,
responsável pelos florais de Bach.
“A
essência floral, o método que todo mundo utiliza é o apresentado pelo
doutor Bach: a mistura da água, flor e o sol. Nós colhemos a flor,
colocamos numa água pura, deixamos no pé da planta para receber por
algumas horas a energia do sol, e pronto. É uma coisa muito simples. O
Ideal é colher a flor antes do sol nascer, com a neblina da
madrugada.
Depois existe todo um processo de conservação, dinamização até chegar no
produto final ”, explica Barsé.
O Batismo dos Florais da Amazônia
Quanto
aos nomes dados aos florais, Isabel Barsé explica que está intimamente
conectado com a visão holística. Um sistema de florais que contém flores
originárias da mata virgem, da capoeira e cultivadas, que são as de
jardim, plantas medicinais e frutíferas.
“As flores da mata virgem, são aquelas que encontramos, mas nunca
foram identificadas, essas nós tivemos que batizar, e até hoje não
conseguimos encontrar a identificação botânica delas”, relata a
terapeuta.
O trabalho foi feito, seguindo duas linhas, uma defendida por Isabel
Barsé, ligada a Fraternidade Branca, e outra, seguida pela terapeuta
Maria Alice, dos Orixás.
“O nosso trabalho é a união dessas vibrações. É holístico. Então,
muitas plantas foram batizadas a partir dessa sensibilidade. Por
exemplo, o Cocar da Jurema, que é um cipó. Colocamos o nome a partir da
vibração que veio da planta. Na mata ela se assemelha a um cocar. Não
conseguimos até hoje identificá-la em livros”, comenta.
“Na Floresta Amazônica encontrei uma
expressão muito elevada do divino, uma manifestação virtuosa do poder e
da criação de Deus. A Floresta se apresenta como uma entidade
espiritual, guardiã de muitos mistérios, professora dedicada.”
”Estamos em um nível de organização muito bom. Já somos reconhecidos
como profissionais pelo Ministério do Trabalho”, diz Maria Alice, um dos
nomes mais conhecidos no País e no mundo quando se trata de Florais.
O equilíbrio das flores
Ao nos dirigirmos para uma farmácia ou um consultório médico, em
busca de alívio para algum mal que ora nos aflige, nem nos damos conta
de que principalmente na região amazônica, a solução para o problema
pode estar embaixo dos nossos pés, ou ao lado, ao longo do nosso
caminho: nas flores e nas plantas.
Os
florais são produtos feitos a partir da captação e utilização das
essências das flores como forma de trazer harmonia para os homens.
Segundo Maria Alice, a natureza é um todo harmônico, e é exatamente
esse equilíbrio que as flores podem transferir ao homem, que, apesar de
também pertencer a natureza, tem se distanciado do relacionamento com a
mesma.
Os florais podem ser definidos como essências de flores
armazenadas em água. E, a energia contida nesta essência, com a
administração de doses terapêuticas, pode ser usada para corrigir
disfunções, sejam físicas ou não.
“As
essências ajudam no equilíbrio físico e espiritual”, completa a pesquisadora Maria Alice. .
RETORNANDO À ORIGEM COM OS FLORAIS DA AMAZÔNIA
Para os observadores do tempo,
não resta dúvida que a Nova Era está
trazendo uma exaltação dos aspectos femininos
que vêm se refletindo não
só nas conquistas da mulher em todos seus campos de ação,
mas também na
valorização crescente da sensibilidade, da intuição, do receptivo,
enfim, de tudo aquilo que antes era um campo especificamente feminino,
está penetrando os domínios do masculino,
resultando num equilíbrio
necessário para a unidade futura.
Este tem sido um processo coletivo e
pode-se dizer até mesmo natural, pois vem surgindo do íntimo das
pessoas, motivo pelo qual torna-se contundente na vida prática,
influenciando cada vez mais os padrões de comportamento.
Uma das mais
importantes manifestações do feminino que é a Natureza, que em seu
aspecto mãe, tem suprido as necessidades básicas da humanidade, e por
mais que se veja ultrajada pelos filhos, continua provendo-lhes tudo que
necessitam para continuar existindo.
Nos tempos modernos, o afastamento do homem do convívio direto com a Natureza, criou um desequilíbrio profundo que se reflete em todos seus campos de ação.
As ciências evoluíram criando tecnologias avançadas para
suprir novas necessidades criadas pela vida urbana, à qual o homem
adapta-se se tornando alvo de agressão em todos os níveis de sua
sensibilidade, desde o nascimento.
E no momento em que o homem
desenvolve as mais avançadas tecnologias, que em parte o fazem evoluir e
em parte o destroem, a Natureza suavemente mostra sua face mais sutil e
feminina: as essências florais.
O Centro Medicina de Floresta –CMF é uma Organização Não Governamental-
ONG, localizada na Floresta Nacional do Purus, na Amazônia Brasileira,
dentro de uma comunidade espiritualista, a Vila Céu do Mapiá.
Dentre suas atividades destaca-se o extrativismo florestal de
espécies medicinais tanto para a produção dos elixires da saúde, como
para replantio de áreas degradadas.
Os Florais da Amazônia estão entre os principais produtos do CMF.
Os
preparados obtidos são distribuídos gratuitamente à população local,
visando também a profilaxia das principais enfermidades da região.
Visitantes oriundos do mundo inteiro também são beneficiários do CMF.
Fundado
em 1989 por um grupo de mulheres e jovens, o CMF adquiriu personalidade
jurídica em 1997 e, a partir de então, ampliou seus horizontes,
passando a interagir com outros atores sociais, desenvolvendo parcerias,
tanto na Amazônia como no cenário brasileiro e internacional .